terça-feira, 29 de junho de 2010

Buenos Aires - dia 1 - 11/06/2010

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Grande Calle Florida!!!!!

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Tudo começou com um convite do Marcos e do Tato.
Eles tinham milhas pra resgatar e estavam planejando ir pra Buenos Aires, Argentina.
Eles já tinham ido 3 vezes, e dessa vez os pais e a tia do Marcos iriam juntos.
Falei que não dava, que tava sem grana.
Minha irmã comentou com a minha mãe, um pouco antes de elas irem pra Orlando.
Como a referência de preço da minha mãe era Orlando, ela achou barato e disse que daria de presente a viagem pra nós.
Isso foi no começo de abril.
Eu só sei que a partir daí, até a viagem, eu surtei.
E o Tato também.
Eram dois doidos, pesquisando coisas na internet, vendo os lugares, montando roteiros, fazendo mil reuniões pra decidir aonde ir, como, quando, quem...., trocando e-mails....
O Jou e o Marquinhos tiveram que aguentar a nossa ansiedade que ia a mil....
Eles até pensaram em nos medicar.......
A verdade é que pra mim, a viagem já tinha começado........
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No dia 11/06/10, o nosso vôo de ida estava marcado pras 8h da manhã, o que significava que a gente tinha que chegar no aeroporto às 6h, ou seja sair de casa umas 5h15, acordar umas 4h30......
A verdade é que no dia, eu acordei às 4h20, sem despertador, sem Jou. MILAGRE!!!!
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A Nina nos levou até o aeroporto, justo no dia do aniversário dela (tks, Ni!!).
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O bom é que BsAs fica perto, e em 3h já estávamos lá!!
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Fomos direto pro hotel Waldorf, na Calle Paraguay, bem no Centro
e após fazer o câmbio do dinheiro, fomos almoçar.
(Quer dizer, não foi tão rápido assim, fizemos o check-in e as malas demoraram pra chegar no quarto, e fomos trocar dinheiro, e uns tinham dólar, outros travel, e quanto troca e como faz, e um vai pro banco sacar, e yada-yada-yada...).
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A gente foi almoçar no El Claustro, que fica num lugar que já foi um convento.
http://www.guiaoleo.com.ar/detail.php?ID=756
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Quando eu vi o preço do menu na entrada, achei caro: 64 pesos argentinos.
O que daria uns R$ 30,00, que pra BsAs é meio caro, mas a gente já tava com fome e ficando irritado.
Bem, o fato é que esses 64 pesos renderam: teve uma entradinha com pães e patê, uma sopinha de kabotchá, o prato principal era uma carne de porco cozida no mel, com purê de batata doce e um salada, uma sobremesa, bebidas inclusas- tudo isso por apenas R$ 30,00...
E como disse o Tato, foi uma das melhores refeições que a gente fez lá!
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Corredor que dá na entrada do El Claustro
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Almoço no El Claustro - olha a cara de passado do Marcos......
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O prato principal: carne de porco cozido no mel, com purê de batata doce e saladinha
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A sobremesa
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E para beber: gaseoso de pomelo (refrigerante de pomelo, mais conhecido como grapefruit)
O Marcos é viciado nisso, ele mal chega no restaurante e pede: "Hay gaseoso de pomelo?"
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O pátio interno do conjunto onde fica o El Claustro

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Tato e eu na Calle San Martin, reparem que atrás, na altura do ombro direito do Tato, tem um cara caído no chão - foi um acidente com um motoboy
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Depois do almoço, fomos dar uma volta na Galerias Pacífico.
Saindo do El Claustro, atravessando a rua já era a Galerias Pacífico.

É um lugar lindo, inspirado nas Galeries Lafayette, de Paris e Galerias Vittorio Emanuele, de Milão.
É lindo e caro.....
Demos um rolê pelo menos pra sentir.....
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Bem, depois de uma hora na Galerias Pacífico, sem poder comprar nada, a gente se mandou pro El Ateneo Grand Splendid, na Av. Santa Fé.
Pegamos um táxi, e quando entramos no carro, tava tocando um sambão.
Perguntei: "Que música é essa??"
E o motorista portenho: "Jorge Aragão!".
O motorista conhecia um monte de música brasileira, até umas que a gente não conhecia, tinha um monte de CDs....
Ele disse que queria era morar no Rio de Janeiro, em Copacabana....
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O El Ateneo Grand Splendid é uma livarria que fica num antigo teatro reformado.
As estantes de livros ficam espalhados onde ficaria a platéia.
Nos camarotes, ficam bancos e cadeiras para as pessoas poderem se acomodar e folhear um livro.
Onde era o palco, fica um café charmoso.
Outro lugar lindo!
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Jou e eu no café
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Ficamos umas duas horas, dentro do El Ateneo.
Quer dizer, o Jou se mandou e foi dar um rolê na Av. Santa Fé.
O Marcos comprou o novo dicionário da língua espanhola e o Tato também se perdeu no meio de tantos livros.
Eu dei uma olhada nos livros de educação, psicologia e psicanálise.
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Depois, voltamos pro hotel.
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Como estávamos cansados, optamos por comer perto do hotel.
Atravessando a rua, entramos no El Establo Parrila, que segundo o site tripadvisor é o terceiro melhor restaurante de BsAs:
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E é verdade!
Jou e eu pedimos um Bife de Chorizo, que vinha com um ovo frito, bacon, legumes na manteiga e batatas fritas e veio um bife enorme!!
Os demais pediram Puchero, que também vinha numa porção pra lá de generosa!
E a gente só gastou 132 pesos, já com 10% de serviço incluso, isso dava uns R$ 61,00 pra nós dois!
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No El Establo Parrila
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Mama mia!!!! Cadê o bife de chorizo??
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segunda-feira, 28 de junho de 2010

BsAs - dia 2 - 12/06/2010

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No segundo dia, segundo as Escrituras, é dia de city-tour.
City-tour é um mal necesário.
É aquela coisa meio pra turista ver, mas também dá um apanhado geral.
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De ônibus, fomos passando por Palermo, um bairro cheio de parques.
Passamos pela Av. Alvear, na Recoleta, uma avenida cheia de lojas de grife.
Infelizmente, só passamos de ônibus. Na próxima vez, quero andar pela Alvear e pela Posadas...
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O ônibus seguiu para o centro, passamos pelo Teatro Colón, o Obelisco na Av. 9 de Julho (lugar onde Maradona prometeu ficar peladão se a Argentina ganhar a Copa...... cruzcredo.......), e chegamos na Plaza de Mayo, onde fica a Casa Rosada.


Bem, Casa Rosada é apelido, aquilo tá mais pra Casa Goiaba.


Entramos na Catedral Metropolitana e depois rumamos pra Bombonera.
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Na Plaza da Mayo
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Segundo a Nina, Jou e eu parecemos que estamos naqueles filmes tipo Trilogia Bourne, de espionagem....
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Seguimos pra La Boca, onde fica Caminito.


A Ana tinha dito que aquilo ficava cheio de gente querendo uns trocados dos turistas, gente dançando tango, estátua viva, cachorro vestido com roupinha do Maradona, gente tirando foto......enfim, um largo da batata portenho.
Não sei se era a chuva, ou se era porque estava bem no horário do jogo da Argentina, mas não tinha ninguém, ninguém.


E como chovia, aquilo pra mim tava deprimente.
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Jou no Caminito
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Caminito
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Passamos por Puerto Madero, mas com chuva não deu pra ver nada, e nos deixaram na esquina da Marcelo T. Alvear com a Suipacha.

Logo, o Marcos super-antenado percebeu que estávamos perto do restaurante Los chilenos, recomendado por um blog.

Entramos lá e na TV passava a entrevista com o Maradona pós-jogo. Apesar de terem ganhado da Nigéria por 1 a 0, o comentarista dizia que a vitória foi "custosa". Esses argentinos são uns dramáticos....

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Marcos bebaço no Los Chilenos. Reparem atrás do Marcos, no espelho a faixa com um desenho do Maradona no meio.

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Pança cheia, fomos satisfazer a segunda necessidade mais importante dos seres humanos: COMPRAS!!!!

Mas, antes, passamos por uma confeitaria, a Florida Garden:

http://www.fodors.com/world/south-america/argentina/buenos-aires/review-193398.html


que segundo o comentário do Guia Fodors (para os íntimos Guia Fodão), é o lugar que Jorge Luis Borges fazia uma boquinha de vez em quando.

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Florida Garden
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Capuccino e doces
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E caímos de boca na Florida, uma rua comercial tudo de bom, que é um calçadão, com várias lojas como a Zara, Puma, Falabella (que tem desde eletro-eletrônicos, decoração, roupas masculinas, coisas pra cozinha...), lojas de sapatos, bolsas, mas tudo meio senhora. Comprei uma bota pra minha sogra e uma bolsa pra minha mãe. Pra mim mesmo, não achei nada.....Bem, só sei que ficamos umas duas horas naquela rua e aí começou a saga dos meus calos. Voltamos pro hotel pra descansar um pouco.
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Parcelar uma compra lá é pagar em cotas
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De noite, jantamos no japonês, ao lado do hotel, porque a nossa intenção era ir no Café Tortoni, só para tomar um café, e não jantar. Comemos um udon de tempura delicioso. Só japonês mesmo pra ir até BsAs e comer udon.

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Vai um tempura-udon?
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Cadê o Jou??
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Depois do rango, rumamos pro Café Tortoni, que virou Café Tortura. Pra entrar, a gente tinha que ficar numa fila de espera de 45 minutos, no mínimo.

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Tá demorando.....

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Desanimamos e fomos andando pela Av. de Mayo, até o Café Ibéria, que era do outro lado da Av. 9 de julho.

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Em plena 9 de Julho, com o Obelisco ao fundo, momento romântico, no dia 12 de junho, dia dos namorados, no Brasil (na Argentina, o dia dos namorados é no dia de St. Valentino - 14/02).

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Caminhando pela Av. de Mayo

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No Café Ibéria

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Té com leche

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Pra ir embora, pedimos pro táxi passar pelo Congresso, e ele passou também pela Av. Corrientes, a Broadway de BsAs. Era quase meia-noite e as pessoas estavam saindo dos teatros, dos musicais e indo para restaurantes. O Jou adorou aquele clima. As livrarias estavam ainda abertas e passamos em frente ao El Gato Negro, loja de especiarias e café, que no fim não deu pra gente visitar. Fica pra próxima.

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BsAs - dia 3 - 13/06/2010

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Eu acordei cedo (7:30, sem despertador) pra lavar o cabelo.
Jou e eu tomamos café e fomos dar uma volta nas redondezas
do hotel.
Como o meu pé estava cheia de calos, fomos até a Farmacity pra ver se eu achava uns band-aid misericordioso.
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Ao fundo a Torre dos Ingleses
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Em seguida, fomos para San Telmo, na Plaza Dorrego, onde acontece a feira de antiguidades.
Foi lá que eu encontrei os tais dos Tomatitos Locos, que a Ana me pediu de encomenda.
São uns tomatinhos de geleca que você joga no chão, eles se deformam, e depois voltam ao formato original.
Bem, nada a ver com antiguidades.....
Como a feira estava cheia, logo sentamos para tomar um café....
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As árvores de SanTelmo

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Jou e Tato, no café de San Telmo, na Plaza Dorrego

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Bem, como San Telmo já tava visto, pegamos um táxi e fomos pra Palermo Viejo, mais exatamente pra Palermo Soho, perto da Plaza Cortazar Serrano. Foi a corrida mais longa, tipo subir a Av. Rebouças e cruzar a Av. Paulista toda.
Custou 30 pesos argentinos (uns R$ 15,00), ou seja uma pechincha.
Com R$ 15,00 eu só consigo ir do metrô Vila Madalena até em casa, em Pinheiros, que é do lado....
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Em Palermo Viejo, almoçamos num Pub, pois o Jou tava doido pra conhecer um.
Fomos no Sullivan e pedimos uma parrilada de frutos do mar.
Depois fomos dar um rolê pelas redondezas.
Palermo Soho é tipo uma Vila Madalena, cheia de lojinhas de design, estilistas jovens, artes...
Primeiro fui numa loja de sabonetes artesanais chamada Hermanos Sabater, pois tinha encomenda da Ana Lucia: http://www.shnos.com.ar/
O drama começou aí.
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Fui pegando um monte de sabonetes de barra, de pétalas e enchendo a cestinha pra levar pra mim, pra Ana e de lembrancinha.
Cheguei na moça que atendia e perguntei:
"Aceita tarjeta (cartão)?" - um das frases que mais usei em BsAs.
E ela, bem seca:
"No".
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Bem, o sangue me subiu a cabeça:
"Como no???????"
E quase fiz aquela mulher comer sabonete de barra pelo nariz.....
Mas, não teve jeito, tinha que ser em dinheiro, e eu tava com dinheiro contado (levei uns 300 pesos, paguei o almoço que foi uns 170 pesos, fora táxi, ou seja, fodeu..).
Devolvi alguns sabonetes, peguei o que dava e me mandei, espumando sabonete de pomelo....
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Pra recuperar meu ânimo, fomos andando, vendo as lojas, e seguindo o mapa da reportagem da Viagem e Turismo.
Comprei uma blusa pra minha sobrinha, na Juana de Arco: http://www.juanadearco.net/
uma pasta de couro pra Nina, na Calma Chicha: http://www.calmachicha.com/
e uma bolsa pra mim, num galpãp parecido com o que tem na Praça Benedito Calixto.
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Olha a cara do Jou de felicidade, depois de encher o bucho.....

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Palermo Soho é um charme, pena que eu tava tão preocupada com as compras que não tirei muitas fotos....

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Eu me acabei em Palermo Soho.
E ainda comprei um tênis, pois o Marcos, o Tato e o Jou estavam implorando pra eu acabar com o drama de usar botas com o pé cheio de calos sangrando feito pé de bailarina iniciante....
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De noite, fomos jantar em Puerto Madero, do outro lado do dique.
Puro charme!!
Eu bem que queria ter visto a Puente de la Mujer de dia, mas não deu tempo, e os dias em que estivemos em BsAs, o tempo estava nublado.
Mas, de noite, com o efeito da chuva, estava lindo também.
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Fomos jantar no Carletto, um restaurante italiano, chique nos úrtimo...

Eu estava em dúvida entre um filé de milanesa, um filé à Marsala e um risoto de frutos de mar.
O garçom, muito prático disse que filé de milanesa e à Marsala são muito comuns, que eu poderia comer em qualquer lugar, e que era pra eu pedir o risoto que era mais diferente.
Obedeci o homem e não me arrependi.
O risoto estava divino.....
E o garçom, que no começo estava seco, foi se abrindo e no final do jantar, falou por uns 30 minutos contando sobre os outros lugares da Argentina que merecem ser visitados.
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Depois do jantar, fomos andar pelo porto e atravessamos a pé pela Puente de la Mujer.
Do outro lado, começou a chover.
Ficamos abrigados debaixo de um toldo do TGI's Friday, onde um casal veio perguntar em espanhol gaguejando se ali estava aberto, e a gente respondeu gaguejando em espanhol que não, que a entrada era do outro lado, até que alguém se deu conta e perguntou: "Vocês são brasileiros?" e todo mundo caiu na gragalhada.
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A chuva deu uma trégua e fomos procurar táxi.
Jou e eu saímos na frente, de guarda-chuva, morrendo de rir, não me lembro nem do que, mas nos divertindo.
Foi uma noite mágica como disse D. Ayako.
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Essa é a segunda ponte estaiada do Calatrava que eu vejo na minha vida.
A primeira foi em Sevilha (metida......).
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Tiquinho, o garçom falante, do Carletto

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D. Ayako e Sr. Matsuo

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BsAs - dia 4 - 14/06/2010

Capuccino e churros, no Florida Garden


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Bem, último dia em BsAs....
Cada um foi atrás das coisas que precisava.
Jou e eu fomos comprar um tênis pro Jou que ele gostou e passamos no Carrefour pra comprar alfajor e chá.
Marcos foi com a mãe e a tia na Florida.
Tato foi atrás das cuecas dele......
E depois nos encontramos para almoçar no Establo e depois tomar o último café, no Florida Garden.
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No aeroporto de Ezeiza, depois de passar pela alfândega, eu quase enfartei com o Duty Free de lá.
É um negócio enorme e lindo!
Mas, eu só tinha uns parcos dólares, então comprei vinho pro meu pai, chocolates e um creminho da Victoria' s Secret.
Só.
Até mais, BsAs!!
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