terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Santo Antonio do Dai-me

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Eu era feliz. Namorava um cara lindo, mas meio devagar. Já fazia anos que a gente estava juntos, e nada de ele querer compromisso sério. Pressionei ele dizendo que queria casar.

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Ele disse que eu era a melhor coisa que tinha acontecido na vida dele, mas que não estava preparado para esse tipo de coisa, que era demais pra cabeça dele, e acabou me dando um fora homérico.

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Meses depois, descobri que na verdade que ele estava tendo um caso com uma sirigaita e me largou pra casar com ela.

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Quando encontrei com ela, por acaso, dei o maior barraco. Puxei o cabelo dela e tentei jogá-la no Rio Guaíba.
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Me senti mal, por ter chegado no fundo do poço. Tamanha era minha depressão, que pensei em me matar, me jogando do alto de uma sacada.
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Foi nessa hora que apareceu um cara super esquisito, dizendo-se xamã.
Ele disse que tinha o poder da cura, que ele era capaz de se comunicar com o mundo dos espíritos sagrados, via banda larga, e que poderia curar desde chulé, até dor de corno. Dizia que até a mulher do Tiger Woods procurou por seus serviços. Meu desepero era tanto que eu me deixei levar por aquelas promessas.....
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Ele me mandou tomar o chá do Dai-me, 3x ao dia, por 21 dias.
Era pior que antibiótico. Aquilo me fazia suar caracas. Eu tinha alucinações horríveis, do tipo ver elefantes cor-de-rosa e acreditar que o Roberto Justus era meu marido. Meda.....
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Mas, não é que aquela putaria toda funcionou?? Meu namorado largou a pigméia japonesa e voltou para os meus braços!!!!!
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A coisa deu tão certo, que além do meu namorado, tenho agora, o meu próprio pigmeu japonês portátil. É mil vezes melhor que Ipod!!!!
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