quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Tragédia grega 2

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Na volta da terapia, perguntei se ele queria um lanchinho que fiz pra ele (bisnaguinha, com manteiga President - que ele adora - e presunto):
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eu: você quer comer o pão?
Fê: hum hum, mas eu não quero o presunto.
eu: tá bom, pode tirar.
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Ele desembrulha o pãozinho e muda de idéia:
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Fê: ah, eu vou deixar o presunto
eu: tá bom.
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Ele vai dar a primeira mordida, quando tenho que dar uma frada brusca. O pãozinho voa da mão dele:
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Fê: tia! o pão caiu!
eu: calma, vou parar o carro. Pode tirar o cinto pra procurar.
Fê: mas, eu não vou achar. O pão caiu debaixo do banco. Eu nunca mais vou achar !
eu: procura direito, Fê..
Fê: mas tá escuro, eu não tô vendo nada, tá muito escuro!
eu: procura com a mão, que você acha.
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Depois de alguns segundos de suspense:
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Fê: Achei ! Sabe que eu pensei que eu nunca mais ia achar o pão?
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Ésquilo, grande autor grego

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