quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Notas rápidas

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Ah, e de novo a minha depressão.....
Já disse, já falei: sou bipolar.
Tem horas que é uma alegria danada, uma euforia, uma agitação.
E depois a escuridão.
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Estamos na Quaresma.
Tempo de trevas, como dizia o Stélio, meu terapeuta falecido.
Aliás, sonhei com ele, ontem a noite.
Ele tava bem, dei um abraço forte.
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Aliás, em dezembro do ano passado, me dei alta da terapia que fazia com a Lenita.
Lenita me ajudou muito. Ela foi muito pontual, em algumas questões.
Graças a isso, consegui tomar a decisão de me casar.
Como bem lembrou Tato, eu me trabalhei muito para decidir isso.
Sou muito grata a Lenita por isso.
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Mas, voltando às trevas, não me conformo como o ogro do Christian Bale ainda anda por aí, batendo nas pessoas e gritando feito uma histérica.
Porque Deus não levou ele, ao invés do lindo e fofo do Heath Ledger??
Eu simplesmente não entendo.
Como já disse alguém: Deus joga dados.
E de vez em quando, joga mal à beça.....
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Semana passada, fui almoçar com a Chris, no Nou (R. Ferreira de Araújo, 419).
É um restaurante super fofo, trendy, chic.
E eu e a Chris, se sentindo, imagina, em plena sexta-feira, todo mundo trabalhando, eu de folga da prefeitura e a Chris se dando uma folga do mestrado.
Eu e a Chris, bem vestidas, num momento Sex and the city - amiguinhas-almoçando-num-lugar-chisque-e-falando-de-secho.
E comendo com garfo e faca.
Ela comeu um St. Peter e eu um risoto de limão.
De sobremesa nada nos apeteceu, e o garçom, um menino super fofo e cute, ofereceu melancia.
Falei pra Chris:
- Ótimo, vou levar as cascas da melancia pras meninas!
- Mas, como você vai levar?
- Vou embrulhar nesse jornal que eu trouxe.
Pronto, o momento Sex and the city foi pro saco....
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No Carnaval, fomos pro Guarujá.
O Jou fez uns 100 bolinhos de peixe com batata.
Em menos de 12h, nós comemos tudo.
Nós, eu digo, eu, Jou, Nina, Felipe, Marcos e Tato.
Se a Chris tivesse ido, ia faltar.
O Jou ia ter que fazer 200 bolinhos....
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Num momento romântico, só eu e o Jou, parodiando Quérrie Bradishau, que parodia Bethoveen, que parodia Andrea Kawamoto:
- Ever thine, ever mine, ever ours (sempre seu, sempre minha, sempre nosso)
E o Jou responde:
- Forevis.
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Felipe e eu voltando da terapia.
Aquele trânsito.
Ele abre o vidro da janela e grita:
- ACELERA NA PERUCA!!!!!!
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No final de semana que o Jou foi trabalhar na Jornada Xamânica (atenção, caro leitor, Jornada Xamânica é Jornada Xamãnica, não é macumba, não é chamantismo, tá?), eu tive que me virar. Odeio dormir sozinha. Odeio. Eu tenho medo. E a Nina foi pro Guarujá. Liguei pra Chris, pedindo pelo amorzinho de Deus, pra ela vir dormir comigo, e ela tipo irmã mais velha que cuida da desmiolada da irmã mais nova, super disponível se mobilizou pra vir dormir aqui. Mas aí, eu me resolvi que já era hora de aprender a dormir sozinha. Aluguei a 3ª temporada de Sex and the city (box com 4 DVDs por uma semana - R$ 16,50), pedi um chinês (yakissoba chop suey, banana caramelada, coca zero e biscoitinho da sorte - R$ 35,50) e me empaturrei de calmante natural (R$ 12,00 - a caixa com 12 comprimidos). Consegui dormir sozinha, mas custou caro...
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Ontem assisti no Telecine Cult, o filme italiano "Vermelho como o céu" (Rosso como il cielo), baseado na história real de um garoto que fica cego. Nos nos anos 70, Mirco, um menino de dez anos, apaixonado por cinema, perde a visão após um acidente. Nesta época, crianças cegas não eram aceitas, nas escolas regulares e eram enviadas a escolas especiais. Ele é enviado então para um instituto de deficientes visuais em Gênova. Lá, descobre um velho gravador e passa a gravar sons, criando narrativas sonoras. Na vida adulta, ele se torna um dos melhores editores de som do cinema italiano.
O filme é lindo, no estilo italiano, lembra "Cinema Paradiso".
Tem uma sequencia, absolutamente poética, onde os meninos cegos vão para o cinema e se divertem, riem, vêem aquilo que ninguém mais vê.
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Não por acaso, semana passada fui no Laramara – Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual. Como lá em Osásquio, trabalhamos com inclusão, fomos conhecer de perto o trabalho deles. Uma pessoa cega nos guiou pelo Laramara. Pessoas cegas ou de baixa visão trabalham lá. O guia nos mostrou como guiar uma pessoa cega, as dificuldades, as diferenças. Vimos os equipamentos, as máquinas para escrever em braile. É um mundo diferente. Um outro jeito de ser. Um outro jeito de "enxergar" o mundo.
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Tenho um amigo que fundou uma ONG que leva pessoas cegas para fazer esportes radicais: maratona, rafting, arvorismo, escalada......
Eu que sou vidente, não faço um décimo do que esse povo faz.
Vergonha.........
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Anotando que "Ensaio sobre uma cegueira" é uma metáfora, como bem lembrou Tato. METÁFORA!
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Outro dia assisti "Notas sobre um escândalo" (Notes on a scandal), com a Judi Dench e a Cate Blanchett.
Perturbador........
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Agora que acabou o Carnaval, oficialmente o ano começa.
Ai depressão.....
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7 comentários:

Sweet bug disse...

Como que e? Ever thine, ever mine, ever.. como que era mesmo?
Forevis eu nao disse nao! Hahaha!
Omoshiroi ne... E tem outra! Mais omoshiroi e que I am in Love!
Korya omoshiroi waaaaa! Hihihi!

erica disse...

Nandatô??? In love?? Sorewa, sorewa, medetai-no!!!!

Sweet bug disse...

Medetashi,medetashi!Tchan,tchan!
Hihihi!

Marcos disse...

Eriquinha,
Não fique deprê! Não é porque estamos na quaresma que a gente não possa se encontrar, fazer alguma farra juntos e darmos boas gargalhadas. A não ser que você esteja deprimida por uma overdose de Tatolino, o que eu não duvido!
Quer que eu te leve a Sto Antonio da Patrulha? Te deixo em Porto Alegre e de lá você vai de joelhos até lá. Quem sabe Sto Antonio não lhe conceda alguma graça?!
Beijos

nina disse...

seus posts tão muito bons!
não canso de ler...

bj
ni

erica disse...

Marquinhos,
vai te catar...

Ni,
tks!!

Andrea,
qdo vamos conhecer Mr. Harvard?

Sweet bug disse...

Assim que possivel tambem! Vai ser um choque cultural para todos! Quem sabe no final de semana tb. Hahaha!