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Um amigo meu quer fazer uma tattoo.
Ah, meu Deus...
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E aí vem a fatídica maratona de o-que-eu-vou-tatuar?
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Ponderei com ele que, mais do que tudo, ele deveria avaliar o quanto de dor ele se permite suportar.
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E depois, então, escolher o tamanho da tattoo.
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Minha irmã tem 3 tattoos: uma na nuca (uma flecha), uma no peito do pé (uma rosa), uma no ombro (uma orquidea com a frase "keep the promise").
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A Chris tem uma gigantesca, na região lombar, que vale por 3. É uma rosa, com uma libélula e uns desenhos tribais.
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Eu tenho uma mini-mini, quase 1/3. Na região lombar. Uma borboleta tímida, que só aparece quando estou de biquini.
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No começo, logo depois que fiz a tatuagem, ela se acalmou em mim.
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Durante algum tempo, ela ainda suportou a minha presença.
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Mas, depois de um tempo, ela reagiu ao fato de ter que ficar confinada em mim.
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Revoltou-se contra a minha tirania.
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Zangou-se e começou a contradizer a minha derme.
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Iniciou uma reação alérgica insana.
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Comporte-se, falei.
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Comporte-se, falou o dermatologista.
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Comporte-se, falou o creme receitado.
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Nada.
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Nada a detinha.
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Até que não se conteve e se desgarrou de mim, deixando a minha pele nua e carente.
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Amigo que quer fazer uma tattoo, escute-me.
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Escolha uma tatuagem que te queira.
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2 comentários:
Érica, não complica tá! Já chega o meu namorado me chafurdando por causa da minha vontade de me tatuar. Quem o escuta acha que eu vou me submeter a uma cirurgia de mudança de sexo: "tenho que pensar muito bem, fazer terapaia pois é algo irreversível" e o pior foi ouvir dele que não tenho nem corpo, nem idade para tal insanidade!
De qualquer forma te agradeço pelo conselho e por dividir conosco, no teu blog a tua experiência da tatuagem!
Beijos
Na verdade, nada disso aconteceu.
Não tive alergia nem nada, e a minha tattoo continua no lugar.
Mas, me veio a idéia: e se de repente uma tattoo tem vontade própria?
Mas, enfim, te dou o mor apoio pra vc fazer a sua.
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